Sendo muitas vezes associados e até mal empregues, enquanto empreendedor digital é importante entender quais são as maiores diferenças entre E-commerce e marketplace. Pois estes são bastante diferentes entre si.
Assim, apesar de ambos serem usados para fins comerciais online, a principal diferença concetual entre os dois termos é clara. Para que jamais se confunda na terminologia correta, quando se estiver a referir ao mercado em ascenção das vendas online.
Sumário
Definição de Marketplace:
O marketplace trata-se de uma plataforma onde vendedores ou comerciantes terciários poderão efetuar as suas vendas, comercializar os seus produtos e ter como base o seu modelo de negócio. Neste caso, o dono do site, como é o caso do eBay ou da Amazon, por exemplo, não sou donos do inventário que está presente no seu marketplace.
Assim, cabe ao vendedor ou empreendedor digital em conseguir chamar o seu público-alvo para os seus produtos presentes nesse marketplace. Ou seja, esta plataforma não só serve para os empresários venderem o seu inventário, como também para os compradores conseguirem encontrar rapidamente os produtos que necessitam.
O que é o conceito de E-commerce?
Em contrapartida, um site de E-commerce é uma loja online única, onde o empresário tem total controlo sobre os seus conteúdos, páginas web, construção, marketing e apresentação dos seus produtos. Ora, neste caso, o inventário é propriedade total do responsável pela empresa/ dono do site, pelo que não tem nele um marketplace associado.
Por isso mesmo, não existe a opção de se registar como vendedor, semelhante ao que se vê no tal marketplace. A principal diferença é que no E-commerce terá um total controlo de como tudo funciona, mesmo que a credibilidade que beneficia em grandes marketplaces, como é o caso da Amazon, ainda não esteja presente no seu site E-commerce.
Porém, se ainda sente dificuldades em distinguir bem estes dois conceitos entre E-commerce e marketplace, fique a par da nossa lista atualizada e detalhada, até para que tenha todas as bases e conhecimentos necessários para optar vender o seu produto entre E-commerce e marketplace, percebendo qual é a melhor opção para o seu negócio online:
10 principais diferenças entre E-commerce e marketplace
#1 Imagem da empresa e estratégia de marketing
É crucial ter um conceito claro sobre a sua abordagem de marketing e segmentar o mercado online e seu site E-commerce, para respeitar ao máximo a sua estratégia de marketing. Assim, uma das principais diferenças entre os dois conceitos é que enquanto no E-commerce terá que que se concentrar em direcionar os compradores (marketing localizado ao seu público-alvo), num marketplace, caso o esteja a gerir, terá que atrair compradores, mas também vendedores. Acaba por ser um verdadeiro sistema de mercado live.
Dessa froma, é expectável que no E-commerce, o empreendedor individual tenha que investir para atrair tráfego qualificado. Logo, terá uma maior facilidade e clarificação accerca de quem poderá estar à procura do seu produto/ serviço.
Por outro lado, como forma de promover o seu marketplace terá que entregar as condições ideias para tanto compradores como para vendedores. Dessa forma, terá que se focar ao máximo em formas de marketing que possam atrair esses dois lados do espetro. Para tal, oferecer funcionalidades e condições mais vantajosas, em relação a outros concorrentes, poderá ser a melhor estratégia.
#2 Escalabilidade do negócio: E-commerce e marketplace
Sem dúvida alguma que, quando colocados lado a lado no processo de escalabilidade, o empreendedor com um marketplace terá uma componente de escalabilidade muito mais acelerada. Isto porque, é do interesse dos vendedores – já presentes no seu marketplace -, promoverem os produtos que estão presentes nesse mercado. Assim, será expectável que produtos virais surjam no seu marketplace com maior regularidade e rapidez.
Bem diferente é o conceito de site E-commerce, onde o empreendedor terá que se focar unicamente nos produtos que tenciona vender, sendo este, naturalmente, numa escala inicial muito inferior ao do marketplace. Ainda assim, são muitos os casos em que produtos se viralizam em sites E-commerce, dando início a uma loja online de sucesso, tendo por base uma marca já solida e estruturada.
#3 Número de inventário disponível
Ao contrário do que acontece com o site E-commerce, com um marketplace de milhares de produtos, terá muito maior facilidade em vender constantemente dentro da sua plataforma. Assim, quanto mais produtos e seus respetivos vendedores estiverem ativos na sua plataforma, mais vendas terá a longo prazo.
Para este exemplo podemos fazer referência ao princípio Pareto, também conhecido como regra 80/20, que tende a aplicar-se no desenvolvimento do marketplace, uma vez que uma minoria de produtos será para a maioria das vendas. Isso significa que alguns produtos que tiver na sua plataforma representarão a larga fatia de vendas e receitas que terá com o seu marketplace.
Além disso, distinto do que poderá encontrar numa loja E-commerce, com exceção ao que acontece com o Amazon FBA (Fulfillment by Amazon), é que no marketplace não terá que se preocupar com a manutenção, armazenamento e até entrega dos produtos que estão para venda. Isto porque, serão os próprios vendedores que terão que se responsabilizar por todas essas componentes. Ora, a longo prazo, essa ausência de gestão irá representar uma poupança gigante em funcionários, gestão e dores de cabeça, provenientes da compra de inventário, sem se vender rapidamente.
#4 Diferenças no Investimento e Tempo
Não há dúvidas que a construção de um site E-commerce requer um forte investimento e conhecimento geral. Na construção de um site que vá de encontro com o que o seu público-alvo está à procura. Por isso mesmo, e quando comparado com o marketplace, espere que, em termos médios, tenha que fazer um maior investimento.
Além disso, devido ao custo por cliente, apoio ao cliente, gestão de inventário, entregas, entre outros fatores. Isto leva a que as margens de lucro no marketplace sejam consideravelmente maiores, do que em relação ao site E-commerce. Assim, é crucial que possa perceber ao detalhe como será o seu orçamento e quais serão os custos associados. Principalmente se estará a iniciar um site E-commerce do seu início.
#5 Marketplace foca muito mais no volume
Enquanto no site E-commerce estará focado na qualidade do seu tráfego, afunilando os utilizadores que estão a aceder às suas páginas web, no marketplace é crucial ter volume tanto em termos de potenciais compradores, como também de vendedores. Isto porque, somente estará a obter rentabilidade através do volume de transações na sua plataforma.
Dessa forma, toda a estratégia em volta do E-commerce e marketplace não poderiam ser mais distintos. Recorde-se que estará a dar a visibilidade e uma plataforma capaz e potencialmente lucrativa para os vendedores. Pelo que os deverá atrair, reunindo todas as condições necessárias para conseguir atrair o maior volume possível de transações.
#6 Tendências são importantes no inventário apresentado
De facto, tal como já foi realçado, 20% dos produtos, que estarão presentes no seu marketplace, representarão mais de 80% do volume total de vendas obtidas. Isto acontece pois as tendências (como os produtos virais) fazem com que haja um interesse massivo nos produtos. Vendidos pelos vendedores presentes na sua plataforma.
Por outro lado, esse fenómeno de tendências dificilmente se verifica num site E-commerce. Pois este estará muito mais focado na venda do seu nicho de mercado, podendo este estar nas tendências ou não. Vale a pena recordar que as tendências, principalmente online, são altamente voláteis, pelo que, por vezes, são muito passageiras e difíceis de preve.r
#7 Reputação, credibilidade e usabilidade
Quer seja em E-commerce ou no marketplace, jamais se esqueça da importância que é apresentar uma plataforma ou site. Que vão de acordo com o que o seu público-alvo está à procura. Para tal, atualmente, é crucial que não só se foque no desenvolvimento de toda a experiência no desktop, como também mobile.
Sabia que, por exemplo, se existir prova social (avaliações/ revisões) terá uma taxa de sucesso mais elevado nas suas vendas. Sendo que isso se verifica tanto no marketplace como no E-commerce. Isto acontece pois as pessoas, principalmente se a sua marca ainda não tem uma elevada reputação, querem primeiro perceber se os anteriores clientes gostaram da experiência de comprarem na sua plataforma, que leva a que estes próprios se sintam mais seguros.
#8 Foco e conhecimento profundo do seu público-alvo
Um dos erros mais comuns dos empreendedores online é que estes negligenciam por vezes o conhecimento profundo que é necessário obter acerca do seu público-alvo. Isto porque, toda a estruturação, planeamento e estratégias de marketing deverão ser focados no público que você considera que estará mais interessado nos produtos ou no marketplace que estará a oferecer.
Por isso mesmo, antes mesmo de iniciar a sua aventura no E-commerce e marketplace, entenda que necessidades ou problemas estará a resolver às pessoas, tentando ao máximo se destacar da concorrência.
#9 Aspetos Técnicos
Felizmente, existem cada vez mais construtores de websites acessíveis e baratos, que permitem que possa elaborar, idealizar e construir, em poucas horas, o site E-commerce que pretende, sem ser necessariamente preciso perceber muito de código ou de design. Claros exemplos disso são plataformas como o Wix ou o Shopify, por exemplo.
Porém, quanto aos aspetos técnicos para a construção de um marketplace, estes devem ser únicos. Devem oferecer APIs poderosos (interface de programa de aplicações) e ter um software baseado na cloud. Que permite curtos tempos de implementação e ter uma base de dados escalável projetada para uso multi-mercado. Ou seja, em termos técnicos, a construção e lançamento do marketplace exige um maior conhecimento tecnológico e um maior investimento inicial.
#10 Navegação e experiência totalmente diferentes
Ora, enquanto num site E-commerce terá uma organização por páginas web dentro de um nicho de mercado relativamente próximo. O mesmo já não acontece com o marketplace. Isto porque, como poderá concluir no maior marketplace online do mundo, a Amazon. É necessário que a plataforma esteja muito bem dividida por categorias, que tentem ao máximo facilitar a navegação e a experiência do potencial cliente.
Por isso mesmo, não é comparável o elevado trabalho e estruturação que são necessários para conseguir apresentar um marketplace que seja funcional, apelativo. Que permita que os seus utilizadores não desistam rapidamente da procura pelo produto que procuram. Logo, em termos de navegação e estruturação E-commerce e marketplace não poderiam ser mais distintos.
Conclusão: E-commerce e marketplace não podiam ser mais distintos
Tal como foi possível concluir com este artigo detalhado, E-commerce e marketplace são dois conceitos distintos, que “atacam” o mercado de uma forma completamente distinta. Mesmo que o objetivo final seja o mesmo: vender produtos que estão presentes na plataforma.
Assim, a sua principal diferença é que, enquanto no site E-commerce estará a vender os seus produtos ou serviços, no marketplace terá que vender uma plataforma que permita a criação de uma comunidade de vendedores. Permitindo que seja rentável para estes venderem os seus produtos no seu marketplace. À medida que atraem cada vez mais potenciais comprados, levando a que ganhe comissões sobre cada venda realizada.
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